terça-feira, 23 de março de 2010

DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado...
Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 17 de março de 2010

Olhos nos olhos

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz


grande Chico

Que dia torto

Cara...pense num dia torto, acordei sem vontade de acorda, sabe aqueles dias em que tudo que você queria era não acordar, pois estou eu em um desses dias...me arrastei pro banheiro...e depois me arrastei mais ainda pra faculdade, onde, isso já faz algum tempo, eu não aprendo nada, parece, sinceramente, que os professores são um bando de revolucionarios de merda que esqueceram do mundo e que vivem em sua redoma de ouro e marmore, pois me sentindo dessa forma me dirigi à minha instituição educacional, assistir uma aula "murros da lamentações".
Fui mais um vez, na minha interminavel rotina, comer no R.U, ver um bando de pessoas mesquinhas, incluindo meus colegas de faculdade, mais mesquinhos ainda, falando da vida alhei e zombando das outras pessoas, como se estas não tivessem sentimentos e não fosse nada além do que meros esteriótipos...daí me dirigir novamente pro ch2, antro de asnos e pseudo-intelectuais, quando me deparo com pessoas fumando no nosso centro acadêmico, tal prática que havia sido proibida, não que eu seja contra quem fuma, afinal sou fumante, porém não falei nada porque tinha decidido que não ia fazer isso, e deixei as pessoas sem consciência fazer o que elas bem entendesse, ninguém é mais criança mesmo, no entanto começou um discussão sem fim sobre o espaço físico do c.a e o que pode ou não fazer dentro dele, ou seja, uma discussão sobre beber e fumar...que discussão sem sentido...tanta coisa para se discutir dentro de um curso de história, e cá estou eu mais decepcionada com o curso e ainda mais em pensar que porra de historiadores serão esses no futuro?
Depois dessa discussão meia-boca, fui estudar, decidir ser academicista e levar essa droga de faculdade para frente logo, quando me lembrei do forum da graduação, espaço esse cedido pelo departamento de história para convencer os graduandos que eles tem vez e voto nas decisões no colegiado docente, um grande enganação isso sim, a gente fingi que acredita, pelo menos eu, e eles fingem que é verdade...
E quando acabou a reunião do forum fiz a besteira de voltar pro pátio para escutar a asneira de uma certa pessoa  que estava dizendo que a maconha não é produto do tráfico, mais um vez reitero: não tenho nada contra quem fume, mas se é pra ser conivente sejamos pelo menos sinceros conosco mesmo...ainda escuto a asneira maior ainda...de que fumar protegido pelos murros da universidade é ser melhor que os NEGUINHOS que fumam na favela, vai se lascar!!! esse mando de playboysinhos nem sabem o que tem além dos murros da universidade. É muito fácil mesmo ser financiador das mortes que acontece todo dia na favela e fingir que não tem nada a ver com isso...é a maconha realmente não vicia tanto quanto o crack e ela é o produto do tráfico que tem menos peso monetário, mas ela é SIM, produto do tráfico, mas uma vez digo não sou contra a maconha queria mesmo era que ela fosse legalizada...porém é muito fácil pra esses burgueisinhos negar a realidade.
Só acho uma coisa...se quer fumar...FUME! mas tenha coragem de enfrentar o turbilhão que vem junto com isso.
Eu não sou legalista, odeio seguir essas leis sem sentido que são impostas para nós todos os dias e sou mais contra ainda a esses órgãos repressores que todo dia, dentro da universidade, tentam nos tornar meros fantoches que seguem todos os desmandos desse sistema corrupto.
Esse é só um desabafo, bem confuso, de uma pessoa que tá cansada de lutar por uma mudança dentro de um espaço que deveria, plano das ideias, ser um espaço de transformação, onde houvessem pessoas que quisessem mudar o mundo, não um espaço de pessoas mesquinhas que só pensam nos seus próprios umbigos, que não pensam nem um segundo no quanto ESSE MUNDO ESTÁ TODO ERRADO, e que nós, que somos jovens e com algum tipo de potência de mudar o que está virgente, que deveriamos, de alguma forma, tentar mudar ou pelo menos morrer tentando (figura de linguagem).

' o mundo caquinho de vidro/tá cego do olho/tá surdo do ouvido...
  o mundo tá muito gripado'

sexta-feira, 12 de março de 2010

nunca se pode saber aquilo que se deve querer, pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores.

domingo, 7 de março de 2010



Quero ser...SEU!

sábado, 6 de março de 2010

Adeus

No começo risos
Dançando matinee
Um noite
Aqueles, aqueles de preto
E finalmente o sol e o mar
O primeiro Adeus
E logo depois um segundo Adeus
E o dia se vez noite
Depois o dia brilhou
Brilhou mais uma vez
Era paixão!
Então, os olhos do mal apareceu
Brigas,vou embora
Esse espaço não é meu
Mais um Adeus
Lágrimas, coração partido
Agora como esquecer o que existiu
O que existiu aqui dentro
Férias, outro tormento
A sorte sorri!
Amigos, beijos, festas...
Família, emprego, dinheiro...
E quando tudo ía bem
Lá vem...Azar!
Outro Adeus
Alguém que nem tinha visto
Mas que tinha sentido
E que já era importante
Mais lágrimas e dor...
Será que esse ano não vai acabar?

...escrevi isso algum tempo atrás...mas ainda faz um sentido da porra...pra mim
Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...
florbela Espanca
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensíveis e permeados de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no interior da sua alma. É...Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "
(Fernando Pessoa)