terça-feira, 7 de novembro de 2023

Nuvem de Fevereiro

Foi assim na folia
Como também em câmera lenta
do bailar dos corpos ébrios
Uma música
Uma cerveja
Um beijo

Foi assim de mansinho
Como também de supetão
das tantas da madrugada
Um pedido 
Um sussurro
Um por que não?

Foi assim com intensidade
Como também com calmaria
das luzes entrando pela janela
Um raio
Uma lua
Um brilho

Foi assim de preencher  coração
Como também de conectar mente
nas infinitas possibilidades
Um amor
Um sol
Uma nuvem

Elissânia Oliveira

Você mexe comigo

Queria pegar emprestadas todas as palavras dos poetas românticos para te dedicar, cantar todas as músicas que falam de amor no pé do seu ouvido, ver o seu rosto/corpo junto com o meu em todas as pinturas que mostram a intimidade dentro das relações entre duas pessoas. Queria que fosse minha a criatividade sobre todas as demostrações existentes sobre querer alguém ao lado. Por que me sinto nua e sem conteúdo diante da imensidão de sentimentos que o nosso encontro desperta em mim, não há palavras, gestões e nem ações que possam traduzir como meu coração, mente e estômago ficam diante do deslumbre físico ou mental da sua existência. Você mexe comigo, garota.

Elissânia Oliveira

quarta-feira, 8 de março de 2023

As conexões desconexas de ser um ser único, particular e intransferível.

Vida adulta se desenrola tão sem controle, quando crescemos temos quase a nítida certeza que escolheremos tudo o que a cabível sobre nós mesmos. Temos no alcance cognitivo a nítida certeza sobre o que acreditamos e quanto é gostoso se perceber criando ideologias e modos de ser/sentir/amar.

No tocante, a vida que passa, depois de uma caminhada de 10 ou mais anos de decisões pessoais e intransferíveis, se aperceber que não temos o controle total sobre as coisas que nos rodeiam. Dói! Dói de uma dor fina, a targente existente das decisões involuntárias. 

No exato momento, que a visão sobre estarmos inseridos no contexto maior que nós mesmos, que é as nossas relações com o mundo social/cultural/afetivo, se efetiva em nossos peitos latejantes e nos diagnósticos das psiques abaladas.

Elissânia Oliveira