quarta-feira, 4 de abril de 2012

      Será mesmo que temos que nos doar e nos entregar ao objeto de nosso amor? A maioria das casais apaixonados dizem que sim. Ao meu ver as pessoas tem que ter suas individualidades. boa parte das pessoas que conheço me falam que não sei amar certo, mas acredito que amo do jeito que minha natureza me ensinou e muitas vezes me pego com essa pergunta em mente: Será que existe um jeito certo de amar alguém?
      Não sou um pessoa de grandes paixões e nem tenho também grandes medos. Não sinto do mesmo jeito que a maioria. Se o mundo é tão grande e tão diverso, então por que os amores e os relacionamentos devêm ser padronizados? realmente não acredito nisso.
      Queria que parassem de tentar me padronizar, penso que todos tem a liberdade e o direito de se portarem do jeito que acham melhor, do jeito que sua natureza indica.

"Ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!

Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição"

O velho e o moço - Los Hermanos

quarta-feira, 14 de março de 2012

A canção do africano

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto o braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez, pr'a não o escutar!

"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!"

"O sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia* !"

"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar..."

"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".

O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
P'ra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!
.............................
O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.

E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!

Em homenagem aos 165 anos de Castro Alves (1847-1871)

Por que sentir!?

As vezes gostaria de não sentir...amor, compaixão, atração, paixão, solidão, dúvidas...dúvidas!
Tudo parece mais díficil com essas coisas ou sem essas coisas. Fico me perguntando por que de tantos sentimentos, para que? para confundir?. Mas como viveriamos sem eles? será que seriamos felizes? será que estariamos sempre sorrindo?
Perguntas tão díficies de responder! preciso realmente de um analista!