terça-feira, 14 de abril de 2020

Da varanda

Os dias tem sido calmos e rápidos. Vejo o sol nascer e logo lá está ele dando adeus em mais um dia de distanciamento social, onde assisto tudo de minha varanda. Os carros passam, os cachorros latem e os gatos de rua parecem tranquilos. E eu fico pensando comigo que louco uma pandemia! E me posto reflexiva diante das novidades da calmaria-rapidez da vida que passa da minha varanda. Será que as coisas voltam? E como voltam? Será que serei a mesma? Será que é urgente as coisas que eu queria e que agora está suspensa? Muitas perguntas em um momento que minha vida se restringe praticamente dentro das paredes do meu apartamento. Durmo tarde, estudo e escrevo, home office, será que esse tipo de trabalho se aplica a mim? Penso em quem não pode fazer isso? me distraio mais uma vez. Nossa, tem gente que não come e uma vez eu li "quem não come, some"...deve ser por isso que pode morrer se for para a economia não parar. Mas não para para quem morre?

Elissânia Oliveira

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