quarta-feira, 1 de abril de 2020

Eu Lírico e a Pseudoliberdade

O meu Eu lirico...nunca soube...nunca me ensinaram. A rotina é mais dura que isso. Pessoas de verdade...deixam a poesia para depois. Para quando a vida está mais amena quando a alma não é mais pequena. E o preço do feijão? Quanto tá o feijão? Será que tem dinheiro para o fim do mês? O patrão já disse...o governo permitiu! Férias adiantadas...salários? Não! O governo já disse é só uma gripe... Não mata não...Só se você tiver uma doença anterior...mas aí não é culpa do vírus! É culpa de quem? Tem que buscar culpados ou soluções? 
Ai como eu queria um Eu lírico agora. Um Eu lírico que fosse capaz de suspender a verdades escabrosas e será que é para isso que o Eu lírico serve? Já disse não me ensinaram isso! Nem pseudônimos e nem um tantão coisas de outros pseudos...Mas ando...ando por aí...e os encontro como a dona pseudoliberdade. Essa me ensinou. Me ensina. E acho que sempre ensinará...sabe o que? Ilusões! Ilusões e utopias de liberdade e igualdade. É isso que o Eu lírico...aquele que não aprendi me diz. Ele vai baixinho, aqui no meu pé de ouvido e diz baixinho: "Vai passarinho, finge que é poetisa e canta lá no mundo. Diz que a alma tem muiteza e que um dia. Ah! Uma dia. Tudo será melhor!."

Elissânia Oliveira

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