terça-feira, 14 de abril de 2020

Sobre a vida em isolamento

Se alguém anos atrás, poderia ser até ano passado, me dissesse que iríamos atravessar uma pandemia de alcance mundial certamente diria que era loucura. Isso só de pensar na pandemia, porque a gente não pensa nas consequências e impactos disso nas várias formas de vivenciar o mundo e as relações sociais.
Estamos reinventando o cotidiano. Às formas de sentir, de se relacionar, de comer, de dormir, de morar e de trabalhar. E o turbilhão de sentimentos e sensações que isso traz. 
Há duas semanas deixei de sair para trabalhar e passei a trabalhar em casa, que significa transformar minha casa, meu porto seguro, lugar onde me desestresso em lugar de ânsia e cobrança.
Há duas semanas, que meu celular, minhas redes sociais e email se transformou em ferramentas de trabalho. A Internet antes necessária se transformou em algo indispensável.
Há duas semanas, penso em como ser um boa professora. Imaginar estratégias e métodos em EaD. Me redescobrir como professora e também imaginar se os estudantes estão bem. Eles tem acesso a net? Como estão vivendo? Será que estão em isolamento? Estão estressados? Ser juventude é tão complexo.
E agora estou escrevendo um desabafo após saber que terei que fazer vídeos conferências e vídeo aulas, chamando as pessoas do meu trabalho para dentro da minha casa, para o meu universo particular. As relações se estreitam. Será que estou preparada? Não sei...mas continuamos que o mundo tá freando, mas não tá parado

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